A Infertilidade Feminina refere-se à dificuldade que a mulher tem de conceber ou levar uma gestação adiante. Ou seja, nela se enquadram não apenas os casais que têm dificuldades na fecundação e implantação do embrião, mas também aqueles que passam por perdas gestacionais recorrentes.
Um dos temas mais recorrentes nos consultórios ginecológicos e enfrentado por muitos casais é a infertilidade. E junto com o diagnóstico vêm as dúvidas: Qual a causa? Tem tratamento?
Existem dois tipos de infertilidade:
Primária: quando não ocorreu uma gestação anterior;
Secundária: quando a mulher já passou por uma gestação. Isso significa que o fato de a mulher já ter tido outros filhos anteriormente não garante uma condição de fertilidade para um outra gravidez;
“Existem várias causas para a infertilidade feminina, sendo relacionada tanto aos fatores internos do próprio corpo da mulher, quando a fatores externos, como infecções”, explica a Dra. Silvana Chedid.
As investigações e o diagnóstico de infertilidade acontecem para aqueles casais que, em idade fértil, não conseguem engravidar no prazo de pelo menos 1 ano de tentativas com vida sexual ativa (de no mínimo, duas vezes por semana), e sem o uso de métodos contraceptivos.
Principais causas:
Idade avançada – É considerada um importante fator de hipótese da infertilidade. Entre os 20 e 30 anos, a mulher está no seu ápice fértil. Aos 35 anos a fertilidade já começa a reduzir drasticamente: apenas 10% das reservas de óvulos iniciais ainda estão disponíveis, e a taxa de infertilidade chega aos 11%; aos 40, essa porcentagem de óvulos disponíveis cai para 2,5%, e a taxa de infertilidade chega a altos 87%;
Endometriose – é o crescimento anormal do endométrio – tecido que reveste a cavidade interna do útero – , podendo atingir órgãos importantes para a reprodução, como trompas e ovários, e com isso causar problemas na ovulação e na fixação do óvulo após a fecundação, além de dificuldade de transporte do óvulo fecundado;
Infecções – As infecções pélvicas são causadas por fungos, vírus ou bactérias, sendo que elas podem afetar o funcionamento normal das tubas uterinas e outros órgãos sexuais das mulheres, por conta da presença de inflamação, que pode ficar restrita ao endométrio, ou se espalhar por todo o aparelho genital feminino. As infecções podem fazer com que os órgãos percam suas funções, o que prejudica a fertilização e a implantação dos embriões no útero;
Alteração na tiroide – O hiper ou hipotiroidismo também são fatores que podem causar a infertilidade. Existe a possibilidade dessa alteração causar um desequilíbrio hormonal no organismo, o que interfere no ciclo menstrual da mulher.
Confira alguns sintomas das alterações na tireoide:
Fraqueza muscular;
Perda de peso;
Dormência nas mãos;
Alterações intestinais;
Alterações do ciclo menstrual;
Alterações no peso corporal;
Queda de cabelo:
Unhas fracas e quebradiças;
Pele seca
Dificuldade de ovulação – o problema é causado por fatores internos da própria mulher. Confira abaixo:
Doenças graves: que existem um tratamento mais “duro”, como o câncer, podem fazer com que as mulheres deixem de ovular após as sessões de radioterapia ou quimioterapia, comprometendo a fertilidade;
Síndrome dos Ovários Policísticos: nesse caso, os ovários aumentam de tamanho devido ao acúmulo de folículos estacionados, causando múltiplos cistos, deixando a ovulação — e, como consequência, a menstruação — irregulares.
“Como pudemos perceber acima existem inúmeras causas para a fertilidade feminina, mas ao contrário, também existem tratamentos para revertermos o quadro e auxiliar o casal na busca pela tão desejada gravidez”, afirma Dra. Silvana.