Reposição hormonal pode causar câncer?
Os primeiros relatos de Reposição Hormonal são da década de 1940, nesta época todos os sintomas que as mulheres sentiam quando entravam na menopausa eram relacionados a diminuição dos níveis de estrógeno no organismo.
Com isso, a terapia hormonal começou a ser feita somente com a reposição do estrogênio e até certo período o tratamento foi um sucesso, trazendo muitos relatos positivos como: diminuição da sensação de calor e aumento da libido, devolvendo a qualidade de vida para muitas mulheres.
Mas, com o passar do tempo, os médicos começaram a observar um aumento de casos de espessamento do endométrio, aumento dos casos de sangramento vaginal e dos índices de câncer de endométrio. Trazendo então muitos olhares negativos quanto ao uso da reposição hormonal!
Após muitos estudos foi possível entender o que acontece de fato quando é realizada a terapia hormonal somente com o uso do estrógeno, e com isso, foram feitas novas abordagens de tratamento, com resultados muito mais seguros e assertivos.
O que mudou na reposição hormonal?
Hoje, a medicina sabe que não é seguro realizar a reposição hormonal utilizando somente o estrógeno, sem adicionar doses de progesterona em conjunto na terapia, para mulheres que possuem o útero.
Isso acontece por a progesterona ser a responsável por proteger o útero, evitando os casos de espessamento da parede uterina, os sangramentos e casos de câncer de endométrio.
Então foi possível concluir que o estrógeno tem o importante papel de diminuir os sintomas e a progesterona tem a função de proteger o útero.
Desde então, muitos estudos vêm sendo realizados em torno da reposição hormonal e os resultados são positivos.
Como é feita a reposição hormonal?
Com a reposição hormonal podemos diminuir todos os sintomas da menopausa, mas para se ter segurança no tratamento a reposição deve começar dentro de 10 anos após a menopausa e até os 60 anos.
A terapia hormonal reduz visualmente os índices de mortalidade e também os riscos de doenças cardiovasculares e de osteoporose.
É importante lembrar que assim como qualquer outro tratamento, a reposição hormonal não deve ser feita sem uma criteriosa análise de cada caso individualmente, entendendo de quais formas essas reposição será feita, se por via oral, subcutânea ou tópica e em quais quantidades estes hormônios serão administrados.
Quais cuidados devemos tomar quando fazemos a terapia hormonal?
Quando é iniciada a reposição hormonal, manter um monitoramento contínuo durante todo o tratamento é indispensável.
Logo após o início da terapia hormonal, a paciente deve fazer um retorno com mais ou menos dois meses após o início do tratamento para ajuste das doses dos hormônios.
Depois disto, o retorno deve acontecer a cada seis meses e depois anualmente, conforme orientação médica.
Antes e durante a reposição hormonal, devem ser realizados vários exames para verificar a saúde da paciente e checar os níveis hormonais.
Existem contraindicações para a reposição hormonal?
Sim, assim como em qualquer tratamento, existem algumas contraindicações quanto ao uso da terapia hormonal:
- Mulheres com histórico de câncer de mama e de endométrio.
- Doenças cardiovasculares pré-existentes, como infarto e AVC.
- Doenças coronarianas.
- Mulheres com Lúpus.
- Doenças graves no fígado.
- Predisposição a problemas circulatórios, como trombose.
Vale ressaltar que a reposição hormonal não deve ser feita em mulheres com sintomas leves e que não sofrem grandes impactos em sua rotina normal de vida.
Fazer ou não fazer a reposição hormonal?
A reposição hormonal é um tratamento totalmente seguro, e promove inúmeros benefícios para a qualidade de vida de muitas mulheres.
Para ter sucesso neste tratamento é necessário que todo o processo seja acompanhado por um médico especialista e todas as contraindicações sejam respeitadas. Você ficou com alguma dúvida a respeito deste assunto? Agende agora mesmo uma consulta e entenda se a reposição hormonal é segura para você!