Reposição hormonal na menopausa: alívio e recomendações
Ondas de calor, dores nas articulações, alterações no humor, insônia e ganho de peso. Os sintomas que podem acompanhar a menopausa são muitos, e por isso algumas mulheres que passam por essa transição na vida reprodutiva fazem a chamada terapia de reposição hormonal (TRH).
A maioria dos especialistas recomenda iniciar a terapia assim que aparecem os primeiros sintomas da menopausa. Como todo tratamento, a TRH pode trazer benefícios e riscos. Preparamos um pequeno guia com estas e outras informações sobre a terapia. Não deixe de conferir!
O que é a TRH e quais são os benefícios?
À medida que as mulheres se aproximam da menopausa, seus níveis do hormônio estrogênio variam e diminuem.
Esse hormônio tem muitas funções: faz parte da regulação dos ciclos menstruais, contribui para a resistência óssea, melhora a aparência da pele e influencia na nossa temperatura, entre outras. Por isso, quando os níveis de estrogênio ficam alterados, as mulheres podem ter vários sintomas.
A TRH eleva os níveis de estrogênio e, assim, ajuda a aliviar essas alterações. As mulheres geralmente não usam esse tratamento para sempre, apenas na transição para a menopausa.
Essa terapia pode ter alguns benefícios adicionais, como a prevenção à perda óssea, a fraturas e ao câncer colorretal. Para mulheres com menos de 60 anos, a TRH pode oferecer também proteção contra doenças cardíacas.
Você já deve ter ouvido falar sobre outros possíveis benefícios, como a proteção à saúde do cérebro e melhoras na pele e no cabelo, mas até agora as evidências disso são limitadas.
Como é, na prática, a TRH?
Essa terapia vem em muitas formas e tamanhos – de pílulas, adesivos, géis e anéis.
O ingrediente principal é o estrogênio, mas uma das formas mais comuns é a TRH combinada, com o estrogênio administrado juntamente com uma versão sintética do hormônio progesterona.
A adição de progesterona ajuda a proteger o revestimento do útero, pois tomando apenas o estrogênio pode aumentar a chance do câncer de endométrio. Por outro lado, há evidências de que esta combinação aumenta o risco de câncer de mama, em comparação com a terapia contendo apenas estrogênio.
O melhor tipo de TRH varia de mulher para mulher e depende dos sintomas e estilos de vida. Essas características, além dos riscos e período de tratamento, devem ser parte da conversa entre a paciente e o ginecologista.
Pode levar até três meses para que uma paciente tomando TRH sinta os efeitos completos. Nesse processo, algumas podem precisar que sua dose e tipo de TRH sejam ajustados.
Não há limite de tempo para a TRH, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido recomenda o uso pelo menor tempo necessário e com a menor dose possível e até 60 anos de idade.
Quais são os riscos?
Parece haver algum consenso entre especialistas de que a terapia de reposição hormonal tem mais benefícios do que malefícios, mas estudos continuam a ser produzidos buscando elucidar a questão.
Alguns tipos de TRH têm sido associados a um risco ligeiramente aumentado de câncer, como já mencionado em relação ao endométrio e às mamas.
A Sociedade Britânica da Menopausa, porém, diz que no caso do câncer de mama, a terapia traz menos riscos do que estar acima do peso ou beber mais de duas unidades de álcool por dia. E o risco diminui depois que o medicamento é interrompido.
Há também um pequeno risco de surgimento de coágulos ao se tomar a TRH. Mas isso depende de outras coisas também, como tabagismo, peso e idade. Os riscos diminuem se o tratamento for via adesivo ou gel, em vez de comprimidos.
Quem não deve fazer a TRH?
Este tratamento não é recomendado para a mulher que:
- Teve câncer de mama, útero ou ovário;
- Tem pressão alta não tratada;
- Teve coágulos sanguíneos;
- Teve doença hepática;
- Estiver grávida.
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