Fatores que podem afetar a fertilidade e como tratá-los

Se antigamente casar e formar uma família era o plano da maioria das jovens que estavam chegando à vida adulta, atualmente esse projeto tem perdido espaço para outros desejos, como conquistar a independência financeira e ter uma carreira bem-sucedida. Assim, quando finalmente chega a hora de tentar engravidar, muitas mulheres enfrentam problemas de infertilidade ligados à idade – são os óvulos que envelhecem, as doenças ginecológicas que ficam mais comuns. Não são apenas os anos que dificultam a gestação. Fumar, beber muito álcool e se manter acima do peso também diminuem a fertilidade da mulher, em qualquer época da vida.

Para ajudá-la a entender melhor essa questão, separamos os 10 fatores que podem atrasar os seus planos de ser mãe e explicamos o que eles fazem com o seu organismo.

fertilidade

1. Peso corporal

Além de influenciar a longevidade e a qualidade dos óvulos, a produção de células gordurosas pode levar à irregularidade do ciclo menstrual e à ovulação não efetiva.

Assim como a obesidade aumenta a produção de certos hormônios, a magreza excessiva pode ser prejudicial à gravidez. O baixo peso interfere na produção hormonal, baixando os níveis de estrogênio no organismo.

2. Idade

A idade é o fator mais importante que afeta a fertilidade de uma mulher. À medida que a idade avança, aumentam as chances de aborto e diminuem as taxas de gravidez. Para se ter uma ideia, aos 25 anos, uma mulher tem 25% de chance de engravidar por mês. Essa porcentagem começa a diminuir entre 33 e 34 anos de idade. Depois disso, o declínio é constante. Aos 40 anos, a chance de engravidar é menor que 5% por mês.

Apesar de os problemas clínicos irem aparecendo com o passar do tempo, não é essa a principal razão para a redução nas chances de gravidez com o avançar da idade. Os fatores mais importantes são o esgotamento da reserva ovariana da mulher e a qualidade dos óvulos.

As mulheres nascem com um número limitado de óvulos. À medida que os meses vão passando e os óvulos vão sendo liberados, esse número diminui progressivamente, até se acabarem, no período conhecido como menopausa.

3. Estresse

Manter-se longe do estresse é um dos hábitos mais saudáveis que se pode ter, especialmente para quem está tentando engravidar. Isso porque altos níveis de estresse causam processos fisiológicos que podem interferir na produção de hormônios reprodutivos importantes.

4. Doenças no aparelho reprodutor

  • As tubas uterinas (trompas de Falópio) são o local onde acontece o encontro do espermatozoide com o óvulo, permitindo a fertilização. Na sequência o embrião formado migra até o útero, onde vai se implantar e desenvolver. Quando as tubas ou os ovários estão bloqueados ou envolvidos por algum tecido cicatricial, a fertilização não ocorre ou o embrião formado dificilmente conseguirá chegar ao útero.
  • Embora a endometriose seja encontrada em cerca de 25 a 40% das mulheres inférteis, até o momento não foram estabelecidos quais seriam os mecanismos responsáveis pela infertilidade, exceto quando existe distorção da anatomia pélvica e obstrução tubária.
  • Pólipos endometriais e miomas são tumores benignos do útero. No caso dos pólipos e de certos tipos de miomas (chamados de submucosos), ocorre uma alteração da anatomia normal da cavidade endometrial (local onde ocorre normalmente a implantação embrionária) e, com isso, há uma dificuldade para que o embrião se implante.

5. Tabagismo e bebida alcoólica

De acordo com dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, 13% dos casos de infertilidade estão ligados ao fumo. Isso acontece porque o tabaco deteriora os óvulos, aumentando os riscos de aborto, de menopausa precoce e de gravidez ectópica. 

Nas mulheres, os efeitos da ingestão excessiva de álcool sobre a fertilidade são pouco esclarecidos, mas sabe-se que, além de reduzir as chances de gravidez, a substância pode permanecer por um certo período no organismo após o consumo e causar problemas durante a gestação, como malformação do feto e síndrome de abstinência no recém-nascido.

6. Problemas hormonais

Responsáveis por controlar a menstruação da mulher, eles podem atrapalhar (e muito) suas tentativas de engravidar se estiverem descontrolados. Por isso, é essencial fazer uma dosagem hormonal de tempos em tempos. E o problema não precisa estar necessariamente relacionado aos hormônios sexuais femininos. Uma das alterações mais frequentes é a da tireoide (hipotireoidismo e hipertireoidismo), que pode prejudicar o ciclo menstrual.

7. Prática exagerada de exercícios físicos

O excesso de atividade física prejudica o funcionamento da hipófise e os níveis dos hormônios envolvidos na fertilidade. Além disso, muitas pessoas que realizam exercícios intensivos fazem uso de medicamentos que simulam os efeitos da testosterona como forma de acelerar o ganho de massa muscular, o que pode causar desequilíbrios hormonais e dificuldade no crescimento do endométrio em mulheres, reduzindo as chances de gravidez e aumentando os riscos de aborto.

8. Medicamentos

Certas drogas, como antidepressivos, podem causar o desequilíbrio dos níveis hormonais, levando a diminuição da fertilidade, o que geralmente é resolvido simplesmente pela suspensão do uso do remédio. Porém, em alguns casos, o dano pode ser irreversível, como em pacientes que passaram por quimioterapia e radioterapia, já que algumas substâncias utilizadas nesses tratamentos podem causar a perda da função das gônadas, como os ovários e os testículos, o que provoca infertilidade, que pode ser permanente ou temporária.

9. Antecedentes genéticos

Pergunte a sua mãe a idade com a qual começou a menstruar e quando chegou à menopausa. Cada mulher possui um determinado número de óvulos férteis e é bem provável que você possua uma quantidade semelhante à da sua mãe.

10. Exposição a agentes químicos

A exposição a agentes industriais desenvolvidos para a limpeza dos ambientes, assim como uso de pesticidas diminui as chances de concepção.

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