Falência Ovariana Prematura

A Falência Ovariana Prematura (FOP) é caracterizada pela perda ou redução da função ovariana antes dos 40 anos de idade.

Os ovários param de liberar óvulos ou libera-os somente de modo descontínuo e param de produzir os hormônios de estrogênio, progesterona e testosterona ou os produzem às vezes. Mas, o que isso significa?

A doutora Silvana Chedid explica que, neste caso os ovários param de trabalhar mais cedo do que o esperado, assim não produzindo seus hormônios, e como consequência a mulher não menstrua e não ovula mais.

“Esta não é uma condição comum, ela ocorre com aproximadamente  0,1 % das mulheres antes dos 30 anos, 0,5% aos 35 e, aproximadamente 1% aos 40 anos”, afirma Silvana Chedid.

Alguns sinais da condição da Falência Ovariana Prematura são: a infertilidade, menstruação irregular, osteoporose e diminuição da libido.

Quais são as causas:

Algumas das causas podem ser: cirurgia pélvica, quimioterapia, radioterapia, doenças infecciosas, autoimunes ou genéticas e fatores ambientais.

“Vale ressaltar que, não podemos confundir a Falência Ovariana Prematura, com a Menopausa Precoce. Em algumas mulheres com o FOP podem ainda produzir hormônios, ovular e menstruar naturalmente. Já mulheres com Menopausa Precoce não apresentam ciclos menstruais e por seguinte não podem engravidar de forma espontânea”, cita a doutora.

O diagnóstico da FOP é feito através de exames de nível do hormônio folículo-estimulante (FSH) e de estradiol, testes da função da tireoide, dosagem de AMH e exames genéticos.

Como é realizado o tratamento: 

Para o tratamento é necessário analisar a necessidade individual de cada paciente. Para as mulheres que querem engravidar, uma das opções é a Fertilização in Vitro, em geral com a utilização de óvulos de doadora.

Uma opção e sem dúvida a primeira escolha para o tratamento da Falência Ovariana Prematura é a terapia hormonal.

Os objetivos desse tratamento são: reverter os sintomas (calorões e alterações de humor) e diminuir as repercussões da falta do estrogênio, por exemplo como a perda óssea e o risco cardiovascular.

 “Para as mulheres que não querem engravidar, em um primeiro momento podemos apenas indicar o uso de terapia de reposição hormonal com associações de estrogênio e progesterona, e algumas vezes podemos também associar a testosterona”, ressalta Dra Silvana.

Fertilidade e sexualidade são outros dois aspectos importantes na Falência Ovariana Prematura, pois mulheres jovens que sofram do FOP e que, não pretendem engravidar, porém pela falta do hormônio, não ovulam e acabam tento ressecamento vaginal e queda da libido.

Esses aspectos devem ser analisados com bastante cuidado, para traçar o melhor método no tratamento que, pode incluir procedimentos com especialistas em reprodução caso haja o desejo de gravidez.

Algumas mudanças comportamentais como praticar atividade física, controle da alimentação e extinguir o fumo são fundamentais.

“Por fim, vale ressaltar que o efeito emocional do diagnóstico de Falência Ovariana Prematura é imenso, podendo gerar uma sensação de frustração com a perda da fertilidade e até mesmo a ideia da redução da feminilidade. Nesses casos, fazer um acompanhamento médico e psicológico são essenciais para a mulher.” finaliza a Doutora Silvana Chedid.

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