Entenda como é a escolha do perfil do doador para a FIV?
A reprodução assistida é reconhecida por seus tratamentos e técnicas complementares que possibilitam a gravidez para pacientes com diversas condições de infertilidade. Nesse cenário, um método acessório, é a doação de embriões — assim como a doação de óvulos e espermatozoides.
Um embrião é o resultado da união entre o gameta masculino e o feminino. Quando o espermatozoide fertiliza o óvulo, é gerada uma estrutura chamada de zigoto. Já após as primeiras etapas de divisão celular, o óvulo fecundado passa a ser um embrião.
Na fertilização in vitro (FIV) todo esse processo de fecundação e desenvolvimento embrionário é acompanhado de perto, em laboratórios de embriologia. Após o cultivo inicial, os embriões podem ser transferidos para o útero ou criopreservados, seja para tentar uma gestação posterior, seja para doação.
Confira neste texto quem pode ser doador para a FIV!
Como escolher a doadora?
A escolha da doadora do óvulo é de responsabilidade da clínica onde será realizada a fertilização in vitro. No Brasil, o médico responsável pelo tratamento efetua a seleção com base em características físicas (peso, estatura, cor de pele, cor e consistência do cabelo e cor dos olhos) e, num segundo momento, observando as características emocionais (personalidade, hobbies e profissão).
No caso do banco de óvulos europeu é possível realizar o teste de compatibilidade genético através da comparação da informação genética da doadora com o casal receptor para diminuir o risco de transmissão de doenças cromossômicas. O centro que exporta óvulos para brasileiros disponibiliza também uma tecnologia de reconhecimento facial, que identifica pontos faciais em comum para auxiliar na escolha de uma doadora fisicamente semelhante com a receptora.
Quais as recomendações do CFM?
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a doadora de óvulos deve cumprir os seguintes pré-requisitos:
Idade de até 37 anos: após esta idade pode ocorrer piora da qualidade genética e maior taxa de abortos.
Sigilo e anonimato: doadora e receptora não devem ter suas identidades reveladas.
Não pode haver caráter comercial: a receptora não pode pagar à doadora para obtenção de óvulos.
Doação compartilhada: modalidade autorizada pelo CFM, a doadora pode doar parte dos óvulos obtidos para sua FIV e, em troca, a receptora pode custear parte do tratamento da doadora.
Condição de saúde: a doadora não pode apresentar doenças genéticas, hereditárias ou psiquiátricas.
A partir de novembro de 2017, a nova Resolução do CFM afirma que mulheres férteis podem ser doadoras voluntárias de óvulos. Nestes casos, é possível que ocorra maior chance de sucesso da FIV porque muitas destas mulheres já têm filhos e a fertilidade delas já foi testada.
Banco de sêmen
O banco de sêmen é indicado em situações nas quais a infertilidade masculina não pode ser tratada, história familiar com doenças genéticas, em produções independentes e para casais homoafetivos. Nestes casos, o paciente ou o casal com o médico responsável recorre ao banco de sêmen com o intuito de escolher uma amostra de doador que mais se assemelha às suas características (tipagem sanguínea, cor da pele, cor dos olhos e cabelos, estatura e constituição física).
De acordo com a resolução CFM nº 2.168/2017, a doação de gametas deve ser anônima, nem as possíveis crianças geradas e seus pais terão acesso à identidade do doador. Da mesma forma, as doações serão voluntárias e gratuitas, não cabendo ao doador nenhuma forma de ressarcimento. Outras exigências são:
- Ter idade entre 18 e 40 anos;
- Ser saudável e não ter doenças hereditárias em família;
- Passar por uma triagem rigorosa;
- Todo candidato a doador deverá passar por uma consulta médica para avaliação e esclarecimentos; esta consulta é com hora marcada e gratuita.
- Se aprovado pelo médico, o doador deverá realizar exames de sangue.
- Efetuar 6 coletas de sêmen (com abstinência sexual de 2 a 5 dias).
Existem bancos de sêmen externos, tanto nacionais como internacionais, para os tratamentos de FIV e de Inseminação Intrauterina.
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