Como é feita a coleta de óvulos na fertilização in vitro?
A Coleta de Óvulos é uma etapa fundamental no processo da fertilização in vitro (FIV), técnica altamente eficaz que tem ajudado inúmeros casais a otimizarem suas chances de concepção e realizar o tão sonhado desejo de ter filhos.
Embora seja considerado relativamente simples e rápido, o procedimento é de grande importância para o sucesso da FIV. É natural que surjam dúvidas sobre como ocorre a retirada dos óvulos, afinal, estamos falando de um momento crucial na jornada rumo à maternidade, repleto de expectativas e incertezas.
Pensando em esclarecer todos os questionamentos, preparamos este texto abrangente que aborda tudo o que você precisa saber sobre a coleta de óvulos na FIV. Discutiremos o procedimento em si, preparação necessária, possíveis riscos e cuidados indispensáveis. Confira!
A preparação para a coleta de óvulos
A mulher é submetida à estimulação ovariana, que consiste na utilização de hormônios (gonadotrofinas) que promoverão o recrutamento e amadurecimento de um maior número de óvulos em comparação ao que aconteceria em um ciclo menstrual natural. A paciente tem acompanhamento médico regular enquanto recebe as medicações, através de ultrassonografias transvaginais e dosagens hormonais no sangue, a fim de controlar os efeitos dessa estimulação e definir o melhor dia para a coleta dos óvulos.
Como é feito o procedimento?
A captação dos óvulos é realizada por punção dos ovários com agulha acoplada ao ultrassom transvaginal, estando a paciente sob leve sedação. Este aparato está ligado a uma espécie de bomba, que promove a sucção responsável por drenar o líquido folicular, um de cada vez e bem lentamente para não danificar os óvulos contidos dentro deles. A prática dura cerca de 20 minutos.
Imediatamente após a aspiração, o material é entregue ao laboratório de embriologia, anexo à sala de coleta, onde são classificados e ambientados em um meio de cultivo especial, sob condições laboratoriais controladas. É importante ressaltar que a mulher deve permanecer em repouso até o fim do efeito sedativo.
Uma vez identificados e classificados os óvulos aptos para a fertilização, a equipe médica é avisada para comunicar o número à paciente.
No mesmo dia da punção ovariana da mulher, os espermatozoides de seu parceiro são coletados por masturbação em ambiente apropriado. O sêmen obtido é processado no laboratório para que sejam selecionados os melhores espermatozoides em termos de motilidade e morfologia. Destes são selecionados cerca de 50 a 100 mil espermatozoides móveis para cada óvulo coletado, que são colocados em contato para que aconteça a fertilização no laboratório.
Em casos de sêmen de doador, este é preparado para utilização, fazendo-se necessário o descongelamento e seleção dos melhores espermatozoides para o procedimento de fertilização in vitro.
No dia seguinte é feita a confirmação do número de óvulos que foram fertilizados. A partir desse momento inicia-se o desenvolvimento do embrião no laboratório, em condição ótima e controlada. A transferência desses embriões para a cavidade uterina é realizada entre 3 a 5 dias após a coleta dos óvulos, através de um fino cateter, sem necessidade de sedação. Cerca de 10 a 12 dias após a transferência embrionária, a dosagem de beta-hCG no sangue na mulher é realizada para confirmação da gravidez.
Os possíveis riscos
A punção dos ovários para a coleta dos gametas é um procedimento que oferece riscos mínimos. Em menos de 1% dos casos pode ocorrer sangramento ovariano, devido à perfuração, por agulha de punção, ou seja, o ovário continua sangrando mesmo após o término do procedimento.
Nestes casos, deve-se entrar em contato com o especialista, pois uma laparoscopia para conter a hemorragia pode ser necessária.
Nossa equipe de especialistas do Laboratório Chedid Grieco está pronta para esclarecer suas dúvidas e guiá-lo nessa jornada de esperança. Agende uma consulta e dê o primeiro passo em direção à realização do seu sonho de ter filhos.
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