Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

Para evitar uma gravidez indesejada, algumas mulheres recorrem ao uso do contraceptivo de emergência, conhecido como pílula do dia seguinte, após o sexo desprotegido. O tratamento iniciado dentro de 72 horas após a relação reduz o risco de engravidar em pelo menos 75%, mas há efeitos colaterais e a recomendação dos médicos é que o método não seja usado sempre. 

Confira, abaixo, informações importantes sobre o medicamento, incluindo como a pílula age, quando deve ser tomada e principais efeitos colaterais.

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Como a pílula deve ser tomada?

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, utilizado após uma relação sexual sem proteção ou em caso de falha do método contraceptivo utilizado. O medicamento contém levonorgestrel 1,5 mg, hormônio sintético que impede a ovulação ou dificulta a fertilização.

Existem dois tipos. Um deles vem em dose única e dois comprimidos (um ingerido logo após a relação e outro após 12 horas). Seja qual for o tipo, deve ser usado no máximo 72 horas após a relação sexual. Quanto mais tempo demorar, menor será a eficácia. 

Como a pílula do dia seguinte age? 

Ela atua antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Agora, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito nenhum. 

Preciso de receita médica para comprar a pílula?

Sim, embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição. No entanto, mesmo que você dispense a receita, procurar por orientação antes é indispensável. Somente um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso. 

Ela pode causar efeitos colaterais?

Sim. Os mais frequentes são alteração no ciclo menstrual e do tempo de ovulação. Em outras palavras, vai ficar impossível calcular seu período fértil e o dia da sua menstruação será um verdadeiro enigma. Além disso, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas, vômitos e cólicas abdominais são sintomas comuns. No caso de vômito ou diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão, a dose deve ser repetida. Quem tem organismo sensível a medicamento e está tomando a pílula com indicação médica deve pedir a indicação de um remédio contra enjoos para tomar ao mesmo tempo. 

De modo geral, a pílula do dia seguinte é bem tolerada, mas sintomas persistentes devem ser acompanhados com um profissional da saúde.

Existe contraindicação?

A pílula é contraindicada para quem sofre de alguma doença hematológica (do sangue), vascular, é hipertensa ou possui obesa mórbida. Isso porque a grande quantidade de hormônio pode provocar pequenos coágulos no sangue que obstruem os vasos. 

Caso falhe, há risco para o feto?

Não. Assim como a gravidez que ocorre em mulheres após falha da pílula combinada convencional, não há registro de efeitos teratogênicos, ou seja, de malformações no feto pelo uso da pílula do dia seguinte.

Assim como na gravidez que acontece em mulheres tomando pílulas, não existem evidências de maior incidência de anomalias fetais. No caso da pílula do dia seguinte, utiliza-se um dos princípios ativos desses anticonceptivos, porém, em doses menores e por menos tempo.

Dá para saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Após uma semana do seu uso, é possível fazer um teste de gravidez.

Posso continuar tomando anticoncepcional em seguida? 

Se a mulher vinha tomando anticoncepcional e esqueceu algumas pílulas, por essa razão usou a pílula do dia seguinte, pode continuar com o anticoncepcional para evitar mudanças no período menstrual. Ela deve usar algum método de barreira por 10 a 15 dias, por segurança contraceptiva.

Quer saber mais sobre métodos contraceptivos? A ginecologista e obstetra Dra. Silvana Chedid é especialista em Reprodução Humana há 25 anos! Entre em contato

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