Ovulação e a importância de discutir seus ciclos com o seu médico

Ovulação é o nome atribuído ao evento em que ocorre o rompimento do folículo para a liberação do óvulo. É uma das fases do ciclo menstrual e marca o período de maior fertilidade da mulher, ou seja, quando há mais chances para engravidar.

Um ciclo menstrual regular ocorre com intervalos que podem variar de 25 a 35 dias. Em geral, ciclos de 28 a 30 dias são os mais frequentes e considerados normais. O ciclo menstrual é dividido em três fases, estimuladas pela ação de diferentes hormônios.

A primeira fase, chamada folicular, tem início no primeiro dia da menstruação e dura até a ovulação. Na fase folicular, estimulados pela ação do hormônio folículo-estimulante (FSH) vários folículos crescem, mas apenas um deles se torna dominante e se desenvolve.

O folículo dominante passa a secretar estrogênio, hormônio que atua no espessamento do endométrio, preparando-o para receber o embrião: nele o embrião implanta, iniciando a gestação.

A fase chamada ovulatória, acontece quando há um pico do hormônio luteinizante (LH), que funciona induzindo o folículo ao rompimento para liberação do óvulo ou ovulação: o óvulo tem uma sobrevida de 48 horas no organismo feminino.

Nessa fase os níveis de estrogênio continuam aumentando. O LH também é responsável pelo amadurecimento do óvulo e isso ocorre para que ele possa ser fecundado.

A terceira e última fase é conhecida como lútea. Inicia-se após a ovulação e termina no início da próxima menstruação. Nela, o folículo que abrigava o óvulo se transforma em corpo lúteo, responsável por secretar progesterona, hormônio que assegura o espessamento final do endométrio.

Se o óvulo não for fecundado, o corpo lúteo se degenera, os níveis dos hormônios diminuem provocando a descamação do endométrio e a menstruação, iniciando um novo ciclo.

Ovulação e a importância de discutir seus ciclos com o seu médico

Qual a importância da ovulação para a fertilidade feminina?

Embora o funcionamento correto de todas as fases seja importante para o sucesso da gravidez, a ovulação é fundamental para que ela aconteça. Se não houver liberação do óvulo, não há fecundação, processo em que óvulo e espermatozoide se fundem formando o embrião.

O que pode afetar a ovulação e prejudicar a fertilidade?

A ausência de ovulação, condição conhecida como anovulação, é característica de distúrbios de ovulação, considerados a causa mais comum de infertilidade feminina.

São consequência de irregularidades no ciclo menstrual, que também interferem no desenvolvimento e amadurecimento dos folículos, resultando, ainda, em alternância entre ciclos ovulatórios e anovulatórios.

Os ciclos menstruais considerados normais, nem sempre têm duração exata de 28 dias. Eles podem ser um pouco mais curtos ou longos, desde que sempre ocorram no mesmo intervalo. Por outro lado, os que se apresentam sempre fora dos intervalos normais são considerados irregulares e podem resultar em distúrbios de ovulação.

Em geral, as irregularidades são consequência de desequilíbrios hormonais, provocados por diferentes condições, tais como:

Distúrbios da tireoide: os hormônios tireoidianos atuam também no desenvolvimento dos folículos;

Doenças ovarianas: como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), insuficiência ovariana primária, chamada falência ovariana prematura (FOP), quando os sintomas da menopausa manifestam em mulheres com menos de 40 anos; endometriomas, um tipo de cisto ovariano comum em mulheres com endometriose e inflamação dos ovários, provocada por infecções sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia.

Doenças uterinas: algumas doenças uterinas comuns durante a fase reprodutiva, tendem, da mesma forma, a causar irregularidades menstruais, entre elas estão os miomas uterinos e os pólipos endometriais.

Ainda que os distúrbios de ovulação sejam a causa mais comum de infertilidade feminina, mulheres com o problema podem obter a gravidez com a utilização de técnicas de reprodução humana.

As três principais – relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV) – aumentam as chances e são indicadas de acordo com a causa que provocou o problema.

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