Ginecologia e menopausa: como lidar com os sintomas e tratar problemas relacionados

A Menopausa é caracterizada pelo declínio natural dos níveis de hormônios sexuais produzidos pelo organismo feminino. Segundo especialistas, a idade média para o início da menopausa é 51 anos, mas em algumas mulheres pode começar mais cedo, por volta dos 40 anos, sendo denominada menopausa precoce.

Os sinais mais comuns são ondas de calor, secura vaginal, distúrbios do sono e dores nas articulações. Devido à combinação de manifestações, algumas mulheres ainda desenvolvem ansiedade ou depressão. Essas ocorrências são tão debilitantes que 25% das mulheres na menopausa consideram reduzir as horas de trabalho, segundo pesquisa britânica recente. Esse desconforto pode refletir também na vida pessoal.

De forma geral, as alterações tendem a reduzir com o tempo. Com o passar dos anos, elas começam a ter menos frequência e intensidade, mas podem variar para cada mulher. Os calores, por exemplo, costumam durar de um a dois anos, mas há relatos de pacientes em que permanecem por mais de dez.

É possível lidar com os efeitos colaterais de maneira simples, incluindo mudanças alimentares e práticas terapêuticas. Preparamos algumas dicas para reduzir os sintomas da menopausa. Confira! 

Ginecologia e menopausa

Ondas de calor

Não há nenhum tratamento que traga o mesmo benefício que a reposição de estrógeno para combater os fogachos, mas medicamentos à base de plantas podem ajudar, assim como algumas drogas usadas contra a depressão. Outras medidas que auxiliam são exercícios físicos, acupuntura, redução do consumo de condimentos e pimenta, bebidas geladas e ar-condicionado.

Distúrbios do sono

A insônia na menopausa está relacionada à deficiência hormonal. Com os calores à noite, a qualidade do sono fica comprometida. Na impossibilidade do uso dos hormônios, é possível optar pelos fitoterápicos como a valeriana e a passiflora. Aliar meditação e atividade física aumenta a produção de serotonina. Além de trazer bem-estar, essa substância ajuda na produção da melatonina, o hormônio do sono. 

Outras dicas: reduza os estímulos à noite, faça apenas atividades relaxantes, vá para a cama sempre no mesmo horário e desligue o celular, já que a luz que o aparelho emite atrapalha na produção da melatonina.

Flutuação de humor

A meditação é de grande valia, assim como a prática de atividade física, pois ambas elevam os níveis de dopamina e serotonina, que melhoram o bem-estar geral. Consumir alimentos ricos em magnésio (banana, grãos, castanhas, abacate, beterraba e couve) e em triptofano (peixes, frango, ovo, nozes, leguminosas, aveia e chocolate amargo), que ajudam na estabilização do humor. É indicada a suplementação de vitaminas B12, B6 e D, para diminuir o risco de depressão. A terapia cognitiva comportamental costuma dar bons resultados, e medicamentos ansiolíticos e antidepressivos podem ser necessários em alguns casos.

Ressecamento vaginal

Para melhorar a hidratação e a rugosidade da região, a principal opção é a terapêutica hormonal local. Mas, ainda que esse tipo de hormônio tópico não tenha sido associado ao câncer de mama, muitas mulheres buscam alternativas. Outras substâncias foram aprovadas para essa finalidade, com o DHA em óvulos vaginais, assim como o uso do laser e da radiofrequência genital. Há hidratantes sem hormônios disponíveis no mercado.

Metabolismo mais lento

A queda do estrogênio determina uma queda no metabolismo basal de até 30%, portanto, há um aumento de peso com a mesma ingestão calórica. Além de ajustes da dieta, é recomendado intensificar a malhação. A grande aposta é a musculação, que faz com que o metabolismo fique mais acelerado por até 24 horas. Essa atividade está ligada a maior produção de testosterona, outro hormônio que diminui na menopausa. Já os exercícios aeróbicos contribuem para queimar gordura — e também devem fazer parte da rotina.

Osteoporose

A primeira linha de tratamento para a prevenção é a reposição hormonal. É possível, porém, lançar mão de outros aliados para proteger os ossos — os principais são a vitamina D e o cálcio, mas outras vitaminas (K2, MK7) e minerais (boro, zinco, magnésio) também ajudam. Leite e derivados são importantes fontes de cálcio, mas como nessa fase aumentam as intolerâncias, vale a pena apostar nas versões sem lactose e com menor quantidade de gordura, e também nas verduras escuras, ricas nesse mineral. A vitamina D pode ser produzida através da exposição solar no início da manhã ou obtida por meio de suplementos. Exercícios aeróbicos de alto impacto e musculação ajudam a fixar o cálcio nos ossos.

Reposição hormonal

O tratamento de reposição hormonal acontece de forma individualizada, de acordo com os sintomas da mulher, seu histórico de saúde e familiar. Hoje em dia, o médico costuma começar com doses menores de hormônio e, de acordo com a resposta da paciente, analisa se precisa aumentar. Podem ser usados comprimidos, mas frequentemente é feito por meio de adesivo ou gel na pele. Para mulheres que têm fatores de risco cardiovasculares, hipertensas, obesas e diabéticas, em geral, é preferível usar essas opções na pele, porque têm menos impacto na saúde.

Algumas mulheres, como as que tiveram câncer de mama, por exemplo, não podem fazer o tratamento hormonal. Nesse caso, o médico pode recomendar outras opções. 

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