Como melhorar a lubrificação vaginal?
A parede do canal vaginal é chamada de mucosa, e a sua principal característica é a umidade presente neste local.
Essa mucosa, para se manter úmida, possui em todo o canal vaginal uma série de receptores para o hormônio estrogênio. O principal papel deste hormônio quando passa pelos receptores é fazer a vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo, a circulação e a lubrificação vaginal.
A lubrificação vaginal ocorre de maneira mais intensa e aumentada nos anos reprodutivos da mulher, mas por interferência de diversos fatores, essa lubrificação pode sofrer algumas alterações e antes de direcionar o tratamento é preciso identificar a causa.
Algumas causas que podem levar a perda da lubrificação vaginal:
- Estresse: a rotina corrida pode levar muitas vezes à falta de libido, qualidade ruim de sono e baixa autoestima, levando a quadros de secura vaginal, até mesmo em pacientes jovens.
- Cisto de Bartholin: as glândulas de Bartholin são responsáveis por liberar a secreção vaginal que ajuda na lubrificação. Quando a região apresenta cistos, eles dificultam a passagem da secreção, ocasionando uma falta de lubrificação.
- Infecções vaginais recorrentes: essas infecções alteram o equilíbrio vaginal, levando ao ressecamento. Um exemplo bem comum é o caso da infecção por Cândida e Gardnerella.
- Hábitos de vida: consumo excessivo de álcool e cigarros também podem acarretar um ressecamento íntimo.
- Medicações: alguns medicamentos como os anticoncepcionais e antidepressivos podem influenciar na lubrificação vaginal.
- Climatério e menopausa: essa fase da vida é marcada pela diminuição dos níveis hormonais, principalmente o estrogênio, gerando então o ressecamento vaginal.
- Diabete descompensada: altera o pH vaginal levando a um desequilíbrio da flora e ressecamento vaginal.
- Hipertensão arterial não controlada: faz uma vasoconstrição dos vasos vaginais, diminuindo a circulação e lubrificação.
Existem diferentes formas de tratar o ressecamento íntimo, aumentando a lubrificação vaginal e recuperando o conforto na hora de ter relações sexuais:
- Preliminares: durante a excitação sexual há um aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais, resultando em lubrificação e expansão vaginal.
- Exercícios: alguns exercícios como, por exemplo, o pompoarismo estimulam a contração e relaxamento do períneo e da vagina, aumentando a circulação e a lubrificação.
- Lubrificantes íntimos: o ideal é que estes produtos sejam sempre a base de água para manter o pH vaginal e não causar nenhum risco de infecções, como a Candidíase. Eles são usados na hora do ato sexual melhorando a lubrificação.
- Cremes vaginais com estrogênio: quando a mulher tem a diminuição dos níveis hormonais, principalmente no pós-parto e no climatério, estes cremes podem ser uma opção de tratamento. Eles são de uso local, e possuem a função de estimular os receptores de estrógenos, melhorando a circulação e consequentemente a lubrificação.
- Hidratantes vaginais: eles conseguem hidratar a vagina, puxando a água da parede vaginal. Eles precisam ser aplicados antes do ato sexual, de preferência até 3 dias antes, para que a hidratação aconteça por completo.
- Reposição hormonal sistêmica: quando a mulher chega na fase da menopausa é comum o aparecimento de fissuras e sangramentos na mucosa vaginal, através da reposição hormonal conseguimos melhorar estes problemas, proporcionando uma maior lubrificação e conforto.
- Laser vaginal: faz um aumento da circulação, melhorando a força da musculatura da vagina e do tecido vaginal.
É importante ressaltar que o aconselhamento médico é indispensável. Através de uma consulta detalhada, o ginecologista consegue identificar a causa do problema e te direciona para a melhor opção de tratamento.
A secura vaginal gera um enorme desconforto, além de ser motivo para dores durante as relações sexuais.
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