Barriga solidária: tudo o que você precisa saber

Barriga Solidária, barriga de aluguel, útero de substituição. Diferentes termos que trazem o mesmo conceito. Na impossibilidade de gestar um bebê no próprio ventre, ou então, para casais homoafetivos masculinos que desejam um filho, a barriga solidária é uma opção utilizada na reprodução assistida para fazer com que o sonho de muitas famílias aconteça.

Esclarecer o que é e como funciona esse processo é fundamental para tranquilizar os pacientes e demais pessoas envolvidas. Isso porque, ainda que seja uma alternativa legítima, a barriga solidária deve seguir algumas regras. Confira!

O que é barriga solidária?

A barriga solidária, cujo nome técnico é útero de substituição, caracteriza-se pela participação de uma terceira pessoa no tratamento de fertilidade de um casal heterossexual ou homoafetivo. Esta pessoa cederá temporariamente seu útero para que o bebê, de um casal ou pessoa que não pode gestar, possa se desenvolver.

Em que casos a barriga solidária é indicada?

  • Na ausência do útero.
  • Quando existem alterações uterinas que impeçam a gravidez (malformações uterinas, sinequias uterinas, miomas, pólipos) e que não sejam tratáveis por cirurgia.
  • Quando são identificadas doenças maternas que apresentam alto risco de morte durante a gestação, como doenças cardíacas, pulmonares ou renais graves.
  • Quando já ocorreram sucessivas falhas de implantação, ou seja, quando é feita a transferência de embriões, mas a gestação não se efetiva.
  • Casais homoafetivos masculinos.

Como é feito o procedimento?

O tratamento é realizado a partir de uma fertilização in vitro, com a formação de embriões (óvulo e espermatozoide do casal), que são transferidos para o útero de outra mulher que é considerada uma doadora temporária

A barriga solidária passa por todas as etapas para receber o embrião, sendo submetida a uma estimulação do útero com uso de hormônios que preparam o endométrio (tecido de revestimento do útero) para receber os embriões.

É importante frisar que tanto o casal que está procurando a técnica quanto a mulher que doa o útero devem passar por uma consulta médica especializada. Nesse momento, o médico solicita diversos exames, como sorologias e tipagem sanguínea, para aumentar as chances de uma gravidez de sucesso.

Barriga solidária e FIV

A fertilização in vitro é uma técnica de reprodução assistida em que a fertilização e o desenvolvimento do embrião acontecem em laboratório: os óvulos são coletados, fertilizados em laboratório pelos espermatozoides e os embriões formados ficam em uma incubadora se desenvolvendo. Após essa etapa, entra o útero de substituição, quando esses embriões formados são então transferidos para o útero da barriga solidária.

No caso dos casais heterossexuais, seus óvulos e espermatozoides são coletados, a fertilização in vitro acontece e os embriões advindos de seus gametas são transferidos ao útero de substituição. 

Já no caso dos casais homoafetivos masculinos e de homens solteiros, uma etapa adicional tem que ser incluída: a obtenção de óvulos de doadoras. 

Então, os óvulos devem ser adquiridos por meio de ovodoação de um banco de óvulos (a barriga solidária não vai ser a mesma que fornecerá os óvulos). O embrião será formado em laboratório com o sêmen escolhido e então transferido ao útero de substituição.

Quem pode ser a barriga solidária?

Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina, a mulher que será a barriga solidária deve pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau, ou seja, mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha ou prima. Mas quando a pessoa não tem o grau de parentesco exigido, o Conselho Regional de Medicina deve emitir uma autorização antes de realizar o tratamento. Vale ressaltar que a doação temporária do útero não pode ter caráter comercial ou lucrativo.

Caso não seja possível que um parente de até quarto grau ceda temporariamente o útero para o desenvolvimento da gestação, o Conselho Regional de Medicina pode autorizar a participação de uma pessoa sem parentesco nesse processo.

A cessão do útero de substituição deve acontecer mediante o acompanhamento de um médico especializado em medicina reprodutiva. Agende sua consulta com a ginecologista Dra. Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana há 25 anos!  saiba mais sobre o procedimento. 


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